DA SÉRIA SÉRIE "NÃO ACREDITO QUE VI ISTO":
Apenas para breve informação: o primeiro dos editais da Secretaria do Audiovisual para 2005-2006 - o de Longa-Metragem de Baixo Orçamento (BO, para os íntimos) - foi lançado em 26 de outubro - mais propriamente, uma primeira chamada.
Desta primeira chamada, 85 projetos tiveram suas inscrições aprovadas, de acordo com a Portaria nº 9 da SAv.
Apenas para mais uma breve informação: entre muitas, digamos, lutas de Diogo Malanardi... digo, Mainardi, escritor (SIC), roteirista de cinema (SIC) e colunista de Veja, está justamente a abolição das leis de incentivo e editais de fomento do Estado brasileiro: quem quiser fazer cinema que se vire. (E, claro, que tome na bunda diante das majors norte-americanas que oligopolizam o mercado de cinema e TV nesta Ilha de Vera Cruz...) Ah, sim, e em tentar derrubar o presidente Lula a qualquer custo. (Ele e a torcida do Flamengo reinante no PSDB, no PFL, no PSTU, no PSOL etc.) Ah, sim, e em tentar fazer com que o preclaro leitor de Veja acredite que toda a classe cinematográfica brasileira é um bando de pilantras e filhos-de-uma-que-ronca-e-fuça. Isso depois que ele e o irmão, Vinicius Mainardi, cometeraqm juntos dois filmes: 16060 (1995) e Mater Dei (2001). Este último acabou sendo anunciado (pela própria Veja... por que será?) como "o filme mais polêmico do ano", só porque foi realizado sem leis de incentivo, fomento do Estado etc. e tal - principalmente porque foi feito em DV-Cam, um método muito barato na época... até o Leão sobretaxar a importação destes equipamentos, do mesmo modo que sobretaxa os equipamentos e matérias-primas de cinema. Esta obsessão fez com eles se esquecessem do principal: fazer um filme - e assim, "o filme mais polêmico do ano" acabou se tornando um raro consenso entre crítica e público: ambos o acharam uma m... literalmente federal. Após tal repercussão, os Mainardi Brothers decidiram nunca mais fazer cinema (SIC triplo!!!).
Legal, tio, mas porque esta papagaiada toda?
Voltemos à Portaria nº 9 da SAv. Dê uma olhada na lista de projetos aprovados:
026 - No Caminho de Aparecida - Na Trilha dos Milagres (Título Provisório) - Brothers in Pictures Produções Ltda.
Se ninguém ligou o nome à pessoa, explico: Brothers in Pictures é o nome de uma pequena produtora, cujos únicos sócios são... Diogo e Vinícius Mainardi.
Não entendeu tamanha contradição? Nem eu.
Para mim, duas explicações são plausíveis.
1ª - A decisão de não se envolver mais com o cinema foi imposta por Diogo, mas Vinícius não se conformou com isso e, bem rebelde, resolveu mandar o brother às favas e inscrever um projeto no Edital BO. Donde creio que o pau vai comer em casa dos brothers e do papai Ênio Mainardi.
2ª - Para esta, apelo para outro Vinícius, o de Moraes, e Baden Powell: O homem que diz "dou" não dá / Porque quem dá mesmo não diz / O homem que diz "vou" não vai / Porque quando foi já não quis / O homem que diz "sou" não é / Porque quem é mesmo é "não sou" / O homem que diz "estou" não está / Porque ninguém está quando quer / Coitado do homem que cai / No canto de Ossanha, traidor (...)
Em tempo: Vinícius, o filme, é ótimo.
05 dezembro, 2005
21 novembro, 2005
DA SÉRIA SÉRIE "pERGUNTAS QUE NÃO QUEREM CALAR" 2:
O site pessoal de Guiolherme de Almeida Prado (http://www.hemisferiocultural.com.br/starfilmes/index.htm) só fala dos filmes que já realizou - entre eles, A Dama do cine Shangai (1988) e A hora mágica (1998). Em suma, está desatualizado. E como os segundos cadernos da vida não falam, fica uma pergunta: a quantas anda o trabalho de produção de Onde andará Dulce Veiga? Ou não anda por falta de combustível - leia-se grana?
O romance de Caio Fernando Abreu é lindo e extremamente cinematográfico. Dará um ótimo filme, se ficar pronto.
O site pessoal de Guiolherme de Almeida Prado (http://www.hemisferiocultural.com.br/starfilmes/index.htm) só fala dos filmes que já realizou - entre eles, A Dama do cine Shangai (1988) e A hora mágica (1998). Em suma, está desatualizado. E como os segundos cadernos da vida não falam, fica uma pergunta: a quantas anda o trabalho de produção de Onde andará Dulce Veiga? Ou não anda por falta de combustível - leia-se grana?
O romance de Caio Fernando Abreu é lindo e extremamente cinematográfico. Dará um ótimo filme, se ficar pronto.
DA SÉRIA SÉRIE "PERGUNTAS QUE NÃO QUEREM CALAR":
Aproveitando o término da Retrospectiva Rogério Sganzerla - onde, mais uma vez, o povo da Contracampo (www.contracampo.com.br) manda muito bem - , uma pergunta não quer calar: a quantas anda o processo judicial movido pela família do cineasta contra certa colunistazinha (que hoje está no JB) - se é que anda. Faz dois anos e pouco que esta moça (?) publicou esta notinha tããão bonitinha em sua coluna n'O Globo:
(...) "Uma vez uma amiga apareceu arrasada. O noivo estava com um tumor inoperável, e não
queria contar pra ninguém, nem pra família. Tiveram que desmarcar o casamento. A moça
definhou, mantendo seu terrível segredo. Até que, um dia, uma amiga dela viu uma foto do
safado, abraçadinho à noiva nova, no interior do país...
Mantidas as devidas proporções, um renomado cineasta paulista acabou de fazer omesmo. Ele andou espalhando que estava à morte, com dois tumores no cérebro.Desolados, os amigos tentaram ajudar de todas as maneiras, inclusive financeiramente.De repente: tchan! Era brincadeirinha. Ameaçado de processo pela Riofilme, por ter gastoum financiamento em cositas outras, o cineasta queria criar um clima de constrangimento para não ser processado. Mas será... Dizem inclusive que esse moço foi a causa principal do enfarte sofrido peloex-dirigente da empresa, embaixador Carrilho, que empenhou sua palavra em seu favor,e acabou descarrilhando. Não é a primeira que ele apronta: no tempo da Embrafilmepegou uma grana para filmar a biografia de um sambista e até hoje ninguém viu o filme!... A charada é: Quem será o infrator? Dou pista: ele é casado com atriz famosíssimados anos 60 e foi tido por muito tempo como o enfant-gaté da vanguarda tupiniquim..." (...)
Notinha muuuuuito engraçadinha, né? E ainda por cima, o tal enfant-gaté é citado como sujeito oculto: o nome não é citado, visto que se supunha que ninguém, a não ser quem conhece o meio cinematográfico, iria perceber. Para azar da colunistazinha viada - e me desculpem a falta de gentileza - muita gente percebeu, a começar pela família.
Faz dois anos e pouco que Helena Ignez respondeu em carta furiosa ao mesmo O Globo, e anunciou o processo judicial.
E faz um ano que Rogério Sganzerla morria. Causa mortis: metástase provocada por... tumor cerebral. (brincadeirinha forte e sem graça, né?)
E nada.
Será que o processo não anda?
Será que nunca saberemos quem foi o aspone de certa autoridade municipal que mandou botar esta notinha para livrar a cara do alcaide?
Parece que não.
Aproveitando o término da Retrospectiva Rogério Sganzerla - onde, mais uma vez, o povo da Contracampo (www.contracampo.com.br) manda muito bem - , uma pergunta não quer calar: a quantas anda o processo judicial movido pela família do cineasta contra certa colunistazinha (que hoje está no JB) - se é que anda. Faz dois anos e pouco que esta moça (?) publicou esta notinha tããão bonitinha em sua coluna n'O Globo:
(...) "Uma vez uma amiga apareceu arrasada. O noivo estava com um tumor inoperável, e não
queria contar pra ninguém, nem pra família. Tiveram que desmarcar o casamento. A moça
definhou, mantendo seu terrível segredo. Até que, um dia, uma amiga dela viu uma foto do
safado, abraçadinho à noiva nova, no interior do país...
Mantidas as devidas proporções, um renomado cineasta paulista acabou de fazer omesmo. Ele andou espalhando que estava à morte, com dois tumores no cérebro.Desolados, os amigos tentaram ajudar de todas as maneiras, inclusive financeiramente.De repente: tchan! Era brincadeirinha. Ameaçado de processo pela Riofilme, por ter gastoum financiamento em cositas outras, o cineasta queria criar um clima de constrangimento para não ser processado. Mas será... Dizem inclusive que esse moço foi a causa principal do enfarte sofrido peloex-dirigente da empresa, embaixador Carrilho, que empenhou sua palavra em seu favor,e acabou descarrilhando. Não é a primeira que ele apronta: no tempo da Embrafilmepegou uma grana para filmar a biografia de um sambista e até hoje ninguém viu o filme!... A charada é: Quem será o infrator? Dou pista: ele é casado com atriz famosíssimados anos 60 e foi tido por muito tempo como o enfant-gaté da vanguarda tupiniquim..." (...)
Notinha muuuuuito engraçadinha, né? E ainda por cima, o tal enfant-gaté é citado como sujeito oculto: o nome não é citado, visto que se supunha que ninguém, a não ser quem conhece o meio cinematográfico, iria perceber. Para azar da colunistazinha viada - e me desculpem a falta de gentileza - muita gente percebeu, a começar pela família.
Faz dois anos e pouco que Helena Ignez respondeu em carta furiosa ao mesmo O Globo, e anunciou o processo judicial.
E faz um ano que Rogério Sganzerla morria. Causa mortis: metástase provocada por... tumor cerebral. (brincadeirinha forte e sem graça, né?)
E nada.
Será que o processo não anda?
Será que nunca saberemos quem foi o aspone de certa autoridade municipal que mandou botar esta notinha para livrar a cara do alcaide?
Parece que não.
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