21 novembro, 2005

DA SÉRIA SÉRIE "PERGUNTAS QUE NÃO QUEREM CALAR":

Aproveitando o término da Retrospectiva Rogério Sganzerla - onde, mais uma vez, o povo da Contracampo (www.contracampo.com.br) manda muito bem - , uma pergunta não quer calar: a quantas anda o processo judicial movido pela família do cineasta contra certa colunistazinha (que hoje está no JB) - se é que anda. Faz dois anos e pouco que esta moça (?) publicou esta notinha tããão bonitinha em sua coluna n'O Globo:

(...) "Uma vez uma amiga apareceu arrasada. O noivo estava com um tumor inoperável, e não
queria contar pra ninguém, nem pra família. Tiveram que desmarcar o casamento. A moça
definhou, mantendo seu terrível segredo. Até que, um dia, uma amiga dela viu uma foto do
safado, abraçadinho à noiva nova, no interior do país...
Mantidas as devidas proporções, um renomado cineasta paulista acabou de fazer omesmo. Ele andou espalhando que estava à morte, com dois tumores no cérebro.Desolados, os amigos tentaram ajudar de todas as maneiras, inclusive financeiramente.De repente: tchan! Era brincadeirinha. Ameaçado de processo pela Riofilme, por ter gastoum financiamento em cositas outras, o cineasta queria criar um clima de constrangimento para não ser processado. Mas será... Dizem inclusive que esse moço foi a causa principal do enfarte sofrido peloex-dirigente da empresa, embaixador Carrilho, que empenhou sua palavra em seu favor,e acabou descarrilhando. Não é a primeira que ele apronta: no tempo da Embrafilmepegou uma grana para filmar a biografia de um sambista e até hoje ninguém viu o filme!... A charada é: Quem será o infrator? Dou pista: ele é casado com atriz famosíssimados anos 60 e foi tido por muito tempo como o enfant-gaté da vanguarda tupiniquim..." (...)


Notinha muuuuuito engraçadinha, né? E ainda por cima, o tal enfant-gaté é citado como sujeito oculto: o nome não é citado, visto que se supunha que ninguém, a não ser quem conhece o meio cinematográfico, iria perceber. Para azar da colunistazinha viada - e me desculpem a falta de gentileza - muita gente percebeu, a começar pela família.

Faz dois anos e pouco que Helena Ignez respondeu em carta furiosa ao mesmo O Globo, e anunciou o processo judicial.

E faz um ano que Rogério Sganzerla morria. Causa mortis: metástase provocada por... tumor cerebral. (brincadeirinha forte e sem graça, né?)

E nada.

Será que o processo não anda?

Será que nunca saberemos quem foi o aspone de certa autoridade municipal que mandou botar esta notinha para livrar a cara do alcaide?

Parece que não.

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