Rojer Garrido de Madruga nos informa via lista CINEMABRASIL:
Gostaria de focar a discussão no nosso seguimento para não haver duvidas que existe uma outra agenda politica, ou seja vamos analisar o atual investimento no audiovisual brasileiro.
Neste fim de semana durante o CBC a atual secretária de audiovisual soltou uma bomba para surpresa de todos:
O Fundo Inovador NUNCA EXISTIU!!!!
Isto é muito grave. Independente da polêmica do conceito do Fundo, esses recursos foram uma grande batalha da classe e que agora parece não ser nem sequer uma bandeira da SAV. Muito preocupante essa postura da atual gestão!!!
O que isto significa exatamente? Um perda de aproximadamente 70 milhões, valor que o próprio ministério anunciou ano passado no CBC de Atibaia em grande estilo.
Imaginem se em outros setores da economia, como exemplo a agricultura, educação ou comércio e etc... se ocorresse um anuncio de um cancelamento brutal de um programa de governo! Esse corte virulento de investimento Iria criar um tumulto generalizado.
Espero sinceramente que o nosso seguimento tome um posicionamento forte, independente de questões politicas, do desaparecimento do Fundo Inovador.
Para piorar ainda mais a situação a SAV também anunciou um edital meia boca de apenas 17 milhões!!!
Como que esse irrisório orçamento da SAV vai contemplar todas áreas do cinema? E o os BOs como que ficam nesse cenário? Será que vão conseguir esse ano executar integralmente todos os recursos deste edital devido ao longo e burocrático processo de licitação publica? Esse ano acabou .......
Segundo o Minc o ministério faliu com uma divida de 700 milhões, vamos então iniciar um diálogo de compensação pelas perdas deste ano fiscal no orçamento de 2012 que está preste a acontecer no executivo e no congresso.
Todos nós compreendemos os problemas financeiros que passa o governo, mas ficarmos calados e não haver nenhuma compensação no ano que vêm com uma perda de mais de 80 milhões no orçamento para o cinema, ai não dá!
Resumindo, para acreditarmos que realmente que existe uma vontade politica é preciso ter um investimento significativo no setor!
abs.
Rojer
De duas uma:
ou o MinC de Juca Ferreira mentiu pra nós;
ou aquela velha suspeita que tínhamos - de que a nova gestão de Ana de Amsterdam... digo, de Hollanda é uma gestão de desmonte, por vingança, do que foi feito antes - está se confirmando.
Puxa, Antonio Grassi, eu sei que você ficou magoado com a dupla Gil-Juca por ter sido demitido da Funarte. Mas precisa se vingar em cima do cinema?
Também sei que sua volta à Funarte coincidiu com a reta final da novela Ribeirão do Tempo, da TV Record, em que você fazia parte do elenco. Mas você não acha que está confundindo os dois papéis - o de presidente da Funarte (e o poder por trás do trono de Ana de Amsterdam... digo, de Hollanda) com o do vilão maquiavélico que você interpretava nesta novela?
18 maio, 2011
07 maio, 2011
ESPERANDO GODOT... DIGO, A MTV
Saiu nesta quinta-feira, 5 de maio do corrente, a lista de premiados dos editais de audiovisual do governo de Pernambuco - o Funcultura. O pacote com pleto inclui R$ 3,5 milhões para projetos de longa-metragem; R$ 1,5 milhão para curtas-metragens; R$ 1,5 milhão para produtos de televisão; R$ 1,4 milhão para projetos de difusão, pesquisa e formação e R$ 100 mil para o desenvolvimento do cineclubismo, mais o Prêmio Ary Severo.
Ué, e daí? Tá igual ao Programa de Chamadas Públicas de Audiovisual Riofilme / SEC – o nome oficial do edital conjunto da Riofilme com a Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, não é?
Não, preclaro leitor.
Primeiro, porque a Chamada Pública daqui é bem maior que a de Pernambuco. Leia só: longa-metragem (desenvolvimento de projetos e finalização), séries para TV (desenvolvimento de projetos e produção de pilotos e séries), desenvolvimento de projetos de jogos eletrônicos, produção de documentários para TV, curta-metragem, mostras e festivais de audiovisual e um prêmio adicional para desenvolvimento de projeto multiplataforma.
Segundo, porque, por increça que parível, parece que o edital de Pernambuco obedeceu rigorosamente ao seu cronograma. Nenhum concorrente ficou esperando Godot pelo resultado. Se todos os concorrentes ficaram felizes com ele, isto é outra questão.
Pai dos burros: quando se fala de Samuel Beckett, mesmo os mais desinformados sobre teatro lembram de Esperando Godot, e vice-versa. Afinal, é a sua peça mais famosa. Seu enredo baseia-se na falta de comunicação entre os personagens e na pausa do silêncio da espera de algo que não se resolve. Igualzinho ao que está acontecendo no edital da Riofilme SEC.
Por quê?
Só para relembrar um pouco o seu cronograma:
Período de inscrições - 10/nov/10 a 12/jan/11
Etapa de triagem - 13/ a 28/jan/11
Publicação dos projetos classificados - 31/01/11
Etapa de análise de projetos - 15/fev/11 a 28/mar/11
PARADA PARA O CARNAVAL (que ninguém é de ferro...)- 07 a 09/mar/11
Etapa de seleção - reuniões das Comissões Avaliadoras - 04/ a 15/abr/11
Publicação dos projetos selecionados - 18/abr/11
Até o dia 31 de março deste ano, o cronograma foi seguido à risca. E só. Depois disso, nenhum esclarecimento que se preze por tal.
Por quê?
(Sim, eu sei que estou chato com este “por quê?”. Estou igual ao meu sobrinho de oito anos. Então tá. Tentarei ir direto ao ponto.)
É que, sabe-se lá por quê, reabriram as inscrições para a Chamada para Séries de TV (parceria Riofilme /SEC com a MTV): de 7 de fevereiro a 4 de abril do corrente. A decisão final da Riofilme /SEC/MTV está prevista, se não houver mais imprevistos (leia-se atrasos) para JUNHO deste ano. Pelo menos, a chamada fase 1 – a produção dos pilotos. A decisão final MESMO – a contratação das séries – está prevista para DEZEMBRO.
E daí? Deixe a MTV decidir (sim, porque no final das contas, é a MTV quem vai decidir, com ou sem a Riofilme e/ou o SEC) e toca em frente com o resto.
Não, gentil leitor. Não se sabe quem teve a brilhante ideia, mas quem apresentou projetos de curta, de longa, de documentários, de festivais e mostras e de jogos eletrônicos terá de esperar o resultado final da chamada para as séries de TV.
Ou seja: parou todo o Programa de Chamadas Públicas de Audiovisual Riofilme / SEC, até que a MTV finalmente dê o ar de sua graça e decida de vez.
E quando REALMENTE sai esta decisão? Em junho ou em dezembro? Eis o mistério da fé... no audiovisual...
Ou seja (de novo), quem apresentou projetos de curta, de longa, de documentários, de festivais e mostras e de jogos eletrônicos terá todo o tempo do mundo para se perguntar: se nós, concorrentes, tivemos de respeitar o regulamento (isto é, respeitar as exigências de documentos e os prazos), por que quem baixou estas regras (a Riofilme, a SEC e a MTV) não podem fazer o mesmo?
O mesmo tempo que Vladimir e Estragon tiveram (e tem até hoje) para esperar se Godot vem ou não vem.
Ué, e daí? Tá igual ao Programa de Chamadas Públicas de Audiovisual Riofilme / SEC – o nome oficial do edital conjunto da Riofilme com a Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, não é?
Não, preclaro leitor.
Primeiro, porque a Chamada Pública daqui é bem maior que a de Pernambuco. Leia só: longa-metragem (desenvolvimento de projetos e finalização), séries para TV (desenvolvimento de projetos e produção de pilotos e séries), desenvolvimento de projetos de jogos eletrônicos, produção de documentários para TV, curta-metragem, mostras e festivais de audiovisual e um prêmio adicional para desenvolvimento de projeto multiplataforma.
Segundo, porque, por increça que parível, parece que o edital de Pernambuco obedeceu rigorosamente ao seu cronograma. Nenhum concorrente ficou esperando Godot pelo resultado. Se todos os concorrentes ficaram felizes com ele, isto é outra questão.
Pai dos burros: quando se fala de Samuel Beckett, mesmo os mais desinformados sobre teatro lembram de Esperando Godot, e vice-versa. Afinal, é a sua peça mais famosa. Seu enredo baseia-se na falta de comunicação entre os personagens e na pausa do silêncio da espera de algo que não se resolve. Igualzinho ao que está acontecendo no edital da Riofilme SEC.
Por quê?
Só para relembrar um pouco o seu cronograma:
Período de inscrições - 10/nov/10 a 12/jan/11
Etapa de triagem - 13/ a 28/jan/11
Publicação dos projetos classificados - 31/01/11
Etapa de análise de projetos - 15/fev/11 a 28/mar/11
PARADA PARA O CARNAVAL (que ninguém é de ferro...)- 07 a 09/mar/11
Etapa de seleção - reuniões das Comissões Avaliadoras - 04/ a 15/abr/11
Publicação dos projetos selecionados - 18/abr/11
Até o dia 31 de março deste ano, o cronograma foi seguido à risca. E só. Depois disso, nenhum esclarecimento que se preze por tal.
Por quê?
(Sim, eu sei que estou chato com este “por quê?”. Estou igual ao meu sobrinho de oito anos. Então tá. Tentarei ir direto ao ponto.)
É que, sabe-se lá por quê, reabriram as inscrições para a Chamada para Séries de TV (parceria Riofilme /SEC com a MTV): de 7 de fevereiro a 4 de abril do corrente. A decisão final da Riofilme /SEC/MTV está prevista, se não houver mais imprevistos (leia-se atrasos) para JUNHO deste ano. Pelo menos, a chamada fase 1 – a produção dos pilotos. A decisão final MESMO – a contratação das séries – está prevista para DEZEMBRO.
E daí? Deixe a MTV decidir (sim, porque no final das contas, é a MTV quem vai decidir, com ou sem a Riofilme e/ou o SEC) e toca em frente com o resto.
Não, gentil leitor. Não se sabe quem teve a brilhante ideia, mas quem apresentou projetos de curta, de longa, de documentários, de festivais e mostras e de jogos eletrônicos terá de esperar o resultado final da chamada para as séries de TV.
Ou seja: parou todo o Programa de Chamadas Públicas de Audiovisual Riofilme / SEC, até que a MTV finalmente dê o ar de sua graça e decida de vez.
E quando REALMENTE sai esta decisão? Em junho ou em dezembro? Eis o mistério da fé... no audiovisual...
Ou seja (de novo), quem apresentou projetos de curta, de longa, de documentários, de festivais e mostras e de jogos eletrônicos terá todo o tempo do mundo para se perguntar: se nós, concorrentes, tivemos de respeitar o regulamento (isto é, respeitar as exigências de documentos e os prazos), por que quem baixou estas regras (a Riofilme, a SEC e a MTV) não podem fazer o mesmo?
O mesmo tempo que Vladimir e Estragon tiveram (e tem até hoje) para esperar se Godot vem ou não vem.
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