Excelentíssimo sr. ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República;
Ilustríssimo sr. Diretor-Presidente da Empresa Brasil de Comunicação, Nelson Breve;
Ilustríssimo sr. Diretor de Produção, Rogério Brandão
Ilustríssimo sr. Diretor de Conteúdo e Programação, Ricardo Soares
Ilustríssimos srs. membros dos Conselhos Administrativo, Fiscal e Curador da Empresa Brasil de Comunicação:
Já mandei este mesmo questionamento à Ouvidoria da EBC, mas achei de bom alvitre repassá-lo para V. Sas e para o respeitável público. Especialmente para cinéfilos como este que vos fala, fãs de vários mestres do cinema, como Charles Chaplin.
Como é público e notório, adoramos a iniciativa da direção de programação da TV Brasil em apresentar uma mostra de filmes de Charles Chaplin, em sua sessão de filmes "Ciclo de Cinema", aos sábados.
No entanto, ficamos sem entender uma coisa: por que é que, no último sábado, 21 de setembro de 2014, esta ilustre emissora interrompeu bruscamente a exibição do filme Luzes da Cidade, (City lights, 1931), justamente quando faltavam de cinco a seis minutos para o final - justamente quando Carlitos, depois de algum tempo, reencontrava a florista cega (Virginia Cherrill, 1908-1996), por quem ele havia se apaixonado - para colocar no ar mais um empolgante episódio de A TV que se faz no mundo, sobre a televisão da Tanzânia.
Nada contra a Tanzânia e/ou sua televisão. Mas não entendemos MESMO o porquê de tamanha pressa para atropelar (e estragar) o prazer de quem estava vendo Luzes da cidade, e não deixar o filme terminar, para colocar A TV que se faz no mundo no ar.
Será que o
responsável pela exibição achou que todos já conheciam o final do filme? (Quem quiser saber mais sobre Luzes da cidade, que leia sobre o filme na Wikipedia. Ou que assista no YouTube - enquanto não pedem para tirar do ar, claro.)
Será que o
responsável pelo controle mestre da TV Brasil tem alguma implicância com o
cinema de Charles Chaplin?
Será que o mesmo responsável por este controle mestre da TV Brasil tinha tanta pressa assim em conhecer a TV da Tanzânia que não quis deixar o filme chegar ao seu final?
Ou foi mera
inabilidade, desleixo e incompetência mesmo?
(Aliás, já demonstradas - e lamentadas - por ocasião de um incidente anterior, com o filme 24 horas de sonho, da Cinédia, como já falamos aqui mesmo em outro post.)
Irritado por esta falta de consideração com o espectador,
porém, no aguardo
de uma justificativa convincente para com este desrespeito ao espectador (que, numa emissora de TV privada, renderia a demissão do incompetente) - e esperando mais respeito para com o espectador da TV Brasil - subscrevemo-nos,
Atenciosamente...
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