13 janeiro, 2017

DA SÉRIA SÉRIE "FILMES QUE JAIR BESTEIRARO ET CATERVA A-DO-RA-RI-AM..." (LV)

Tenho de ser mais do que sincero com os leitores: ultimamente estou fugindo de assuntos pesados, e quero me voltar (et pour cause) para o meu tema favorito: a cultura. Por isso, lá estou eu no meu espaço favorito: o Centro Cultural Banco do Brasil, do Rio de Janeiro. (Não, não estou recebendo verba para fazer merchandising sobre o CCBB – até porque o assunto a falar não o promove muito. Mesmo assim, caso o CCBB se interesse, fica a dica...)
Pra quem voltou de Marte ontem etc.:

O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) é uma rede de espaços culturais geridas e mantidas pelo Banco do Brasil, com o objetivo de disseminar a cultura pela população. Atualmente, encontra-se instalado em quatro capitais brasileiras: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília. 

(Obrigado, Wikipedia.)

O primeiro CCBB foi inaugurado no Rio de Janeiro, em 1989. E eu o frequento desde então. Sabe criança em loja de brinquedos ou de doces? Pois é, foi como me senti dentro do CCBB do Rio desde que foi inaugurado. No mínimo, me contento em ir à sua biblioteca; no máximo, vou às suas exposições, peças de teatro, filmes, e com o maior prazer. O mesmo prazer das pessoas que falam nos comentários abaixo.

"É um ótimo lugar para família prestigiar a arte, teatroshows e cinema."

"Exposições excelentes, estacionamento gratuito, lanchonete e restaurante bons!"

"Variedade de opções culturais no mesmo lugar abrangendo todas as idades."

"Um espaço democrático onde se vê crianças, idosos, jovens, participando das variadas atividades e exposições oferecidas. No foyer é comum ver jovens sentados no chão, aguardando o início de alguma apresentação de teatro ou dança.
O Centro Cultural Banco do Brasil é o espaço da Cultura no Rio de Janeiro."

"Amo muito. Belas exposições! Sempre trazendo arte de qualidade para nossa cidade, além de atividades gratuitas para as crianças."

" CCBB respira cultura. Num mesmo local você encontra, teatro, cinema e exposições incríveis. Muitas delas gratuitas ou com preços simbólicos. Curta a livraria e não deixe de tomar um expresso, ambos no piso térreo."

E este comentário, que tirou as palavras de minha boca:

"Um dos melhores lugares do Centro da Cidade. E do mundo! passei minha infância frequentando, a adolescência, agora na vida adulta, e espero que até a velhice "

O problema é que, depois de um incidente ocorrido no CCBB, não sei se posso dizer o mesmo que a moça disse acima.
Porque alguns destes assuntos pesados do qual estou fugindo – de preferência, neste mesmo refúgio querido do CCBB – resolveram correr atrás de mim.
Uma vez cheia a linguiça, vamos direto ao ponto.
Escreve o nosso ilustre jornalista Ancelmo Gois, em sua coluna d' O Globo desta segunda feira, 2 de janeiro de 2017:

HOMOFOBIA
Homem escreve 'Fora, lésbica' em quadro destinado a crianças no CCBB do Rio
POR ANCELMO GOIS
02/01/2017 07:30
Preconceito mata
Uma mulher foi ao CCBB do Rio, sexta, acompanhada da namorada. Ao se sentarem numa das salas da exposição sobre Piet Mondrian (1872-1944), viram um homem escrever, num quadro destinado a crianças, “Meu pau”. Quando ele saiu, desfizeram a grosseria.

(Repetindo o detalhe: numa área da exposição Mondrian destinada a atividades culturais e recreativas... para crianças. Até aí, parece mera ideia de jerico de alguém com a chamada "cabeça de camarão" – isto é, com m... na cabeça. Mas é pior, como vocês verão mais adiante. Fecha parêntesis.)

Segue...
Só que o homem voltou e, quando elas foram ao banheiro, escreveu “Fora, lésbica” no quadro. As duas descobriram que o sujeito era namorado de uma funcionária. Pelo Facebook, o CCBB Rio respondeu a ela que lamenta e que, hoje, “medidas serão tomadas”.

Pensei ao ler isso: não, peraí... isso não é sério, e amanhã a coluna do Ancelmo deve publicar uma errata, certo?
Errado.
Logo depois, li a história no BrasilPoste através dele tive acesso a um post de uma das moças, que contava a história toda:


Ontem por volta das 20:00 da noite fui ao CCBB Rio acompanhada da minha namorada. O espaço da criança criado por conta da exposição Mondrian estava vazio, sentamos lá para assistir o vídeo. No local tinha um quadro imantado para brincadeiras. Pouco tempo depois, uma funcionária do local acompanhada de um homem chegaram. Ele escreveu “MEU PAU” enquanto ela ria (ok, não foi ela que escreveu mas a atitude foi bem inadequada pra alguém que está trabalhando). Quando eles saíram removemos a frase e continuamos lá. Ficamos sem acreditar que funcionários fariam isso (nessa hora estávamos achando q ele também trabalhava lá). O cara que escreveu voltou outras vezes pra nos olhar. Resolvemos sair da sala. Fui ao banheiro e já ia embora. Passamos em frente a sala das crianças e ele estava saindo de lá. Agora o recado era “FORA LÉSBICA”. Dois funcionários foram atenciosos e disseram que podíamos registrar uma reclamação. Depois disso descobrimos que quem escreveu era namorado da funcionária que fica no balcão de informações. Ele tentou me impedir de colocar o papel na caixa tampando o buraco e depois tentando arrancar o papel da minha mão. O tempo inteiro que escrevia a reclamação ele ficou a menos de um metro de mim rasgando os papéis da caixa. Todos presenciaram a cena e nada fizeram mesmo quando pedimos alguma intervenção (ao menos tirar o cara de perto da caixa). O CCBB fechou e o cara continuou lá dentro esperando a namorada largar do trabalho. Enfim, várias coisas me incomodaram. 1. Todo mundo conhecia o cara. 2. Sou hostilizada em vários lugares mas no CCBB acreditava ser um espaço seguro 3. Não teve agressão física mas a tentativa de intimidar e humilhar são claras 4. Falamos com os dois (o cara e a namorada) ele só com cara de “e daí?” e ela falando “o que eu tenho a ver com isso?” 4. Todo dia LGBT é morto e algumas pessoas simplesmente se sentem a vontade pra nos agredir.



Sim, era sério. Tão sério que o pau comeu na fanpage do CCBB, com muita (mas muita) gente mesmo baixando o cacete (tanto que não dá para colocar tudo aqui), evento de repúdio na quarta feira, 4 de janeiro, no próprio CCBBE, last but not least, o CCBB se desculpando e informando que vai tomar as providências cabíveis. (A primeira delas: demitiu a namorada idiota do idiota)
Foi aí que mais um dos assuntos pesados do qual vinha fugindo apareceu me provocando. Saiu na coluna Gente Boa, do mesmo O Globo:


Identificado o rapaz que insultou lésbicas no CCBB



POR ADALBERTO NETO
03/01/2017 12:26
Agentes da 1ª DP, que funciona provisoriamente na Central, identificaram o namorado da funcionária do CCBB Aline Costa de Almeida, que escreveu insultos a um casal de lésbicas no centro cultural na última sexta-feira. O rapaz, que se apresenta como Safe Sattam Junior, será reconhecido daqui a pouco pelas vítimas. Neste momento, elas estão a caminho da delegacia para fazer o reconhecimento do acusado, acompanhadas pelo coordenador do Rio Sem Homofobia, Claudio Nascimento.
A página de Facebook de Sattam é cheia de publicações homofóbicas e tem como foto de abertura a imagem de Jair Bolsonaro e de um de seus filhos, com a mão sobre o peito, fazendo um juramento à bandeira do Brasil, rodeado por outras pessoas. Há um meme com sucessão de quatro fotos de Thammy Miranda, filho da cantora Gretchen, começando por uma de quando o rapaz ainda era mulher até a sua fase atual, com a inscrição "quando chega a conta do restaurante". Há também várias fotos de Sattam sem camisa e se exercitando, além de piadas machistas e misóginas.
Nesta segunda, Aline Costa de Almeida, que foi conivente à atitude de Sattam, contra o casal de lésbicas, foi afastada do CCBB.

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Na verdade, eu ia dedicar o próximo post desta séria série a um monte de assuntos. Um deles: o que o mundo pode esperar de um presidente como Donald Trump? Mas quase todo mundo já deu uma de Mãe Diná e fez suas previsões. Além do mais, sendo ele imprevisível (além de misógino, rancoroso, escroto etc., etc.) qualquer previsão de suas políticas – especialmente em relação aos LGBT – seria bem difícil de ser feita.
(Aliás, se eu fosse bom em prever o futuro, acertaria todos os números da Mega Sena acumulada e ficaria rico...)
Outro assunto seria ain(Por que não me surpreendo?)
Sinceramente, eu não acho que uma pessoa que tenha o número exato de neurônios no cérebro e o mais completo equilíbrio emocional possa realmente ser fã de um sujeito com Jair Besteiraro, de sua misoginia e sua apologia à ditadura militar e à tortura (neste último caso, só pode ser um desejo doentio de ser que gira a manivela do choque elétrico, ao invés de se colocar no lugar de quem leva os choques nos genitais...). Mas essa é a minha opinião, e cada um é livre para ser o que quiser – até mesmo para ser uma bolsonarete imbecil.
Desde, é claro, que se lembre de dois pequenos detalhes.
Primeiro: se não aprendeu na escola, permita-me que eu lhe explique que o direito de um termina onde começa o direito do outro. Se o tal de Safe Sattam Júnior queria mostrar o quanto era "macho" (assim mesmo, entre aspas, sr. revisor, obrigado), que o faça em outro lugar – especialmente entre os seus, em lugares para adultos.
Aí, vem você e fala:
"Ah, qual é? Tá puxando o saco das feminazi só porque ele escreveu 'Fora lésbica', cara? Agora o cara não tem mais o direito de não gostar de bichas e de sapatões?"
Claro que tem. Assim como eu tenho direito de não gostar de jiló. Lembra desse legume amargo pracarái, véio? Pois é. Tem gente que gosta e tem gente como eu que ODEIA jiló. Nem por isso vou escrever em todas as paredes da cidade "Fora jiló" ou "Fora quem come de jiló" ou "Fora quem planta de jiló". Menos ainda vou defender: "Morra quem come de jiló" ou "Morra quem planta de jiló". E, no entanto, muita gente boa (eu disse "boa"? Ato falho...) que "não gosta de bichas e de sapatões" defende publicamente que eles apanhem ou mesmo morram. Relatório do Grupo Gay da Bahia informa que o número de gays, lésbicas e trans assassinados por gente que "quer ter o direito de não gostar de bichas e de sapatões" aumentou em 2016 - aproximadamente umas 340 mortes, contra 318 assassinatos em 2015.

Bem que todos os que querem ter o direito de não gostar de bichas e de sapatões podiam ler e ENTENDER isso, não?

E, de qualquer forma, a confusão não começou por causa de direitos LGBT, mas por obscenidade grosseira alheia. Isto é, porque o tal Safe Sattam Júnior ESCREVEU UM TERMO OBSCENO NUMA ÁREA DESTINADA A CRIANÇAS (será que em caixa alta você entende o problema?). Porque duas pessoas se ofenderam e acharam isso o cúmulo da grosseria NUMA ÁREA DESTINADA A CRIANÇAS e apagaram o termo – atitude que qualquer pessoa que tenha o número exato de neurônios no cérebro faria (seja LGBT, seja hetero, seja assexual, padre, freira ou seja quem for), mas que ofendeu os brios (eu disse "brios"? Ato falho de novo... Eu quis dizer "falta de noção"...) do "machão" bolsonarete.
Fala a verdade: você gostaria que alguém escrevesse "meu pau" ou qualquer outra obscenidade gratuita em uma área onde uma criança de sua família (seu filho, neto ou sobrinho) estivesse brincando ou estudando?

Sério: por que o tal Safe Sattam Júnior não escreve "meu pau" em seu "ilustre" subilatório? Ou por outra (e desde já perdoem a minha grosseria): considerando-se que pesquisas científicas feitas nos Estados Unidos demonstram que uma boa parte dos homofóbicos são assim porque, na verdade, podem ter um forte desejo sexual reprimido por pessoas do mesmo sexo), por que o sr. Safe Sattam Júnior não pede a outro "macho" (assim mesmo, sr. revisor, entre aspas, obrigado) que lhe enfie o pau no seu subilatório? Assim ele sai de nárnia de uma vez, vai ser feliz e para de incomodar a humanidade com sua "macheza" de meia pataca...

Aliás, um breve flash-back: lembram quando Jair Besteiraro deu um piti histórico por causa de um livro destinado a crianças de 11 anos, chamado Aparelho Sexual e Cia. - Um guia inusitado para crianças descoladas, de Zep Hélène Bruller (Cia. das Letras, 2007), sendo devidamente desmentido pela equipe da revista Nova Escola – que, aliás, já comentei aqui nesta séria série)? Pois é. Para Besteiraro, mostrar informações corretas sobre sexo na escola para crianças e adolescentes – que acabará protegendo-os de coisas como gravidez na adolescência, doenças venéreas ainda jovens, ou mesmo pedofilia – justamente porque, uma vez que estão corretamente bem informados, não caem em esparrelas como estas – é "uma pouca vergonha". Agora, crianças e adolescentes "aprenderem" coisas sobre o sexo (muitas delas, errôneas) fora da escola – na base da menina que conversa com a amiguinha mais velha e mais experiente, ou menino que ouve os conselhos do irmão ou amigo mais velho e mais "vivido", que sabe mais das "coisas da vida" (que, na maioria destes conselhos, é tudo errado), junto com machismo, misoginia, homofobia e outros utensílios com validade mais do que vencida – ah, isso pode, não é?


Segundo detalhe.
Já vimos que Jair Besteiraro tem um número apreciável de fãs... ou melhor, de fieis de sua "seita". Estão aí os 500 mil votos para deputado foderal... ops, federal nas eleições de 2014 que não me deixam mentir. O problema é que, se compararmos 500 mil votos com os 200 milhões de habitantes – ou 144.088.912 eleitores aptos a votar em 2016, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral – ainda é pouco para se eleger presidente – o atual objetivo declarado de Besteiraro. Afinal, faltam 143.588.912 votos. E se Besteiraro quiser se eleger presidente, terá de ir além da turba de bolsonaretes escandalosas e conquistar os chamados eleitores de centro – uma turma supostamente bem mais sensata e equilibrada, que também supostamente vota em candidatos pouquinha coisa mais equilibrados e com programas eleitorais exequíveis.
O problema é: como Besteiraro vai conseguir conquistar estes eleitores de centro, se cada m... que fala ou cada cagada de bolsonaretes como esse Safe Sattam Júnior afugenta todos eles – ou grande parte deles – ao invés de aproximá-los? Ou por outra: por que Jair Besteiraro não consegue controlar a truculência de seus fanáticos seguidores (isto quando não a estimula com sua própria truculência)? Não consegue, por incomopetência? Ou não quer, aplicando uma estratégia nazista de conquista de votos (e do poder) pelo medo?
Só se espera que, lá pelo segundo turno, a elite brasileira aplique a chamada "estratégia Hugenberg".
Dois pontos abre aspas: QUE P... É ESSA?
Pai dos burros, vulgo Wikipedia:

Alfred Wilhelm Franz Maria Hugenberg (19 de Junho, 1865 - 12 de Março, 1951) foi um importante homem de negócios e político alemão.
Após ter ocupado várias posições na administração, no setor bancário e na indústria de aço, até 1916, Hugenberg começou a construir o Hugenberg-Konzern, um conglomerado de imprensa, editoras e cinema.

(Nota: por cinema, entenda-se a Universum Film AG – UFA, o maior estúdio cinematográfico alemão.)

No começo dos anos 1920, Hugenberg exerceu influência substancial na imprensa de direita na Alemanha com sua editora Scherl Verlag.
Em 1918, Hugenberg juntou-se ao Deutschnationale Volkspartei (DNVP), que representou na Assembleia Nacional (que produziria o constituição de 1919 da República de Weimar) e mais tarde no Reichstag, o parlamento da república. Transformou-se presidente do DNVP após uma derrota desastrosa nas eleições gerais de 1928.
Hugenberg moveu o partido em um sentido muito mais radical do que sob seu líder anterior, o conde Kuno von Westarp. Esperou usar o nacionalismo radical para restaurar as fortunas do partido, e eventualmente, substituir a constituição de Weimar e instalar uma nova e autoritária forma de governo. Sob a liderança de Hugenberg o DNVP mudou de estilo, abandonando o monarquismo que tinha caracterizado o partido dos seus primeiros anos. O radicalismo de Hugenberg conduziu a muitos dos deputados mais conservadores do partido a saírem e criarem o Partido Popular Conservador (KVP).

Tudo bem, muito (des)prazer, herr Hugenberg. Mas do que consistia esta estratégia?
Dêem uma olhada neste texto do site da Deutsche Welle:

Após diversas trocas de governo, Hindenburg pretendia, na ocasião, instalar um governo estável chefiado pelos conservadores nacionalistas de direita. A princípio, ele era cético quanto à nomeação de Adolf Hitler para chefe de governo. Durante muito tempo, Hindenburg ironizou Hitler, chamando-o de "soldado raso da Boêmia" – uma alusão ao fato de que ele, Hindenburg, era um condecorado marechal de campo da Primeira Guerra Mundial, e Hitler, apenas um soldado comum.
Mas Hindenburg mudou de opinião. Pessoas próximas a ele lhe asseguraram que manteriam Hitler sob controle. Alfred Hugenberg, líder do Partido Popular Nacional Alemão, declarou: "Nós iremos enquadrar Hitler." Tinha-se um grande senso de segurança, também porque somente dois ministérios foram oferecidos aos nazistas no novo gabinete de governo. Por outro lado, Hitler e seus seguidores passaram a se apresentar propositalmente de forma moderada e a evitar alaridos.

(Perguntinha inocente: essa estratégia funcionou? Continue lendo.)

O dia 30 de janeiro de 1933 entrou para a história como o dia da "tomada de poder", conceito na verdade inventado pela propaganda nazista, pois a nomeação de Hitler – e essa é a verdadeira ironia da história – aconteceu de forma constitucional. Após a tomada de posse, Hindenburg falou as seguintes palavras: "E agora, meus senhores, para frente com a ajuda de Deus!"
Hindenburg não teve de presenciar que o caminho de Hitler levaria na verdade ao Holocausto e à Segunda Guerra Mundial. Ele morreu em 1934. E logo Hitler mostrava quão ingênua foi a crença de que ele poderia ser controlado e neutralizado. Pouco depois de ser empossado como chefe de governo, começou em todo o país o terror das tropas de assalto da SA.
Comunistas, social-democratas e sindicalistas foram perseguidos. Em pouco tempo os primeiros campos de concentração foram instalados. Ali, os membros da SA torturavam suas vítimas, que iriam incluir, pouco tempo depois, judeus e outras pessoas consideradas indesejáveis pelos nazistas. Hitler precisou somente de poucos meses para embaralhar a República de Weimar e instalar sua ditadura.

Continue lendo.

Em Junho, entretanto, foi forçado a renunciar aos seus cargos ministeriais; nos anos de 1933 a 1944, foi forçado a vender as suas companhias aos nazistas. Permaneceu como membro do parlamento até 1945, mesmo depois do DNVP ser dissolvido junto com todos partidos restantes em 1933, como um “convidado” do NSDAP.
Após a guerra, Hugenberg foi detido pelos ingleses. Morreu a 12 de Março de 1951, perto de Rinteln.

Isso não lhe parece familiar? Sim, isso mesmo: a mesma jogada da eleição de 1990, com aquelle caçador de maracujás. Não foi uma m... tão grande como a da Alemanha dos anos 1930, porque o caçador de maracujás foi gentilmente convidado a se retirar. Ainda assim, foi uma m... e tanto.
Estará Jair Besteiraro esperando que a elite brasileira repita esta jogada de 1933 e 1990, que deu errado em ambas as épocas?

O que nos leva, finalmente, ao CCBB do Rio de Janeiro e à firma terceirizada que fornece os seus funcionários e seguranças.
Não custa nada lembrar que o caso rendeu o vulto que rendeu porque, diante do "valente" (assim mesmo, sr. revisor, entre aspas, obrigado) Safe Sattam Júnior tentando atemorizar a Éri e sua namorada e rasgando os papeis da caixa de reclamações, os seguranças e outros funcionários fizeram a mesma coisa que o peixe faz no mar: nada. Isso sem falar da tal Aline, a tal namorada deste tal de Safe Sattam Júnior, que não só não impediu o namorado como ainda ficou achando graça das "gracinhas" dele.
(E, por favor, não me perguntem por que a tal Aline se apaixonou por esse beócio. Primeiro, porque eu não sei se a moça seria ou não... como é que se diz mesmo... empoderada – situação que, de minha parte, eu torço muito para que todas as mulheres cheguem um dia – ou sofre, diante dele, uma versão light da síndrome de Estocolmo, que eu já citei em outro texto desta séria série a respeito de outro assunto. Segundo, porque certos estudiosos – tanto os sérios quanto os de botequim pé sujo – costumam dizer que amor não é uma questão de intelecto, mas de emoção. Há controvérsias sobre isso, mas enfim...)
O problema aqui pode ser resumido em duas perguntas.
A primeira pergunta vai para a terceirizada. Vem cá, nenhum dos senhores donos e diretores entende que prestar serviços terceirizados para um lugar dedicado á cultura é diferente que prestar serviços, por exemplo, para um posto do Poupatempo. Porque cultura é uma coisa bem mais ampla, que inclui diversidade, liberdade, beleza... etc. e etc. (Há outros elementos que  fazem parte da cultura, que você mesmo pode colocar. A cultura é uma coisa múltipla.) Qualquer um que ache normal um cretino intimidar duas mulheres não só por ser lésbicas, mas porque desfizeram uma "brincadeira" de escrever um termo chulo num lugar para crianças (aliás, quem acha graça em tudo isso) como esta Aline não deveria estar num lugar como o CCBB. Quanto aos outros funcionários que assistiram a tudo e não mexeram nem um dedo para impedir... bem, nada que um treinamento complementar, para evitar cenas deste tipo, e pronto.
A segunda pergunta, para o próprio CCBB.
A reação do centro foi rápida e foi legal, assim como não interferir no protesto Lesbianizar o CCBB.
Mas vem cá, não seria melhor que tudo isso tivesse sido evitado com um treinamento extra aos terceirizados que recebe para trabalhar lá?
Outra coisa. A assessoria jurídica do Banco do Brasil, quando necessário, também serve ao CCBB, certo? Então que tal pedir a ela para que indique um ou dois advogados para processar civilmente o tal de Safe Sattam Júnior por danos morais? Fica a dica.

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Na verdade, eu ia dedicar o próximo post desta séria série a um monte de assuntos. Um deles: o que o mundo pode esperar de um presidente como Donald Trump? Mas quase todo mundo já deu uma de Mãe Diná e fez suas previsões. Além do mais, sendo ele imprevisível (além de misógino, rancoroso, escroto etc., etc.) qualquer previsão de suas políticas – especialmente em relação aos LGBT – seria bem difícil de ser feita.

(Aliás, se eu fosse bom em prever o futuro, acertaria todos os números da Mega Sena acumulada e ficaria rico...)
Outro assunto seria a invasão de babacas de extrema direita à Câmara e/ou a manifestante imbecil que achou que a bandeira do Japão – num painel em homenagem ao centenário da imigração japonesa para o Brasil – era "a bandeira de um Brasil comunista (SIC)...


Manifestante confunde bandeira do Japão com comunista


Mulher da bandeira "JapaComunista" diz que foi tomada por um "sentimento"

Mas tudo isso – mais a explicação (SIC) da doida - aconteceu em 16 de novembro de 2016 – logo, já é notícia velha.
Finalmente, estes opíparos assuntos: afinal, o mundo está descambando para a extrema direita de novo? Quais seriam as chances da extrema direita chegar ao poder no Brasil? E quem seria o candidato a presidente da extrema direita brasileira? Marco Feliciânus? Jair Besteiraro?
E se for Besteiraro? Para que partido ele se vai, depois de deixar o PSC, como nos informa o site Congresso em Foco?

Eleições 2018 » Bolsonaro deixará o PSC e negocia candidatura ao Planalto por outro partido

Bolsonaro deixará o PSC e negocia candidatura ao Planalto por outro partido

Deputado rompe com o presidente da legenda, Pastor Everaldo, após aliança com o PCdoB no Maranhão e pedido de doações para seu filho no Rio, e conversa com o PR, o PRB e até o DEM em busca de espaço para disputar a eleição presidencial de 2018
POR LEONEL ROCHA | 14/11/2016 08:00 
CATEGORIA(S): ELEIÇÕES 2018, MANCHETES, NOTÍCIAS, OUTROS DESTAQUES


O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) está mesmo empenhado em concorrer à Presidência da República em 2018. Já faz campanha aberta, quase dois anos antes do prazo permitido por lei, e tem até slogan provisório: “Vamos endireitar o Brasil”, um trocadilho para reafirmar sua posição política. Mas sua candidatura não será mais pelo Partido Social Cristão. Ele rompeu com o presidente do PSC, pastor Everaldo Pereira, que foi candidato ao Planalto em 2014, assustou dirigentes da sigla com seu radicalismo político e já negocia sua filiação a outras legendas.
O parlamentar já conversou com dirigentes e parlamentares de várias siglas. Entre elas, o PR, o PRB do prefeito eleito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, e até o DEM, do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ). Os partidos estão de olho no potencial de votos do deputado para cumprir a cláusula de desempenho que um partido deve ter para poder existir, projeto que deve ser aprovado no Congresso para valer já na próxima eleição.
Há várias semanas Bolsonaro não conversa com a direção do PSC. Há um constrangimento no partido com o estilo agressivo do parlamentar e com o processo que ele responde no Supremo Tribunal Federal (STF) por apologia ao estupro. O próprio Everaldo reconhece que o deputado é difícil no trato pessoal e político, mas alega que Bolsonaro defende as mesmas ideias de gestão pública pregadas pelo PSC e por isso era bom para o partido e seu eleitorado conservador e religioso.
Majoritariamente evangélico, conservador quanto ao comportamento e liberal nas teses econômicas, o PSC apostava todas as suas fichas no potencial do polêmico parlamentar para melhorar seu desempenho eleitoral. Em uma jogada de marketing, o pastor Everaldo chegou a levar o deputado, que é católico, para ser batizado no Rio Jordão, em Israel. Mas nem mesmo o batismo no local histórico impediu o racha.

Treinamento
Para tentar domesticar o seu comportamento, o PSC pagou um curso de media training para Bolsonaro com a consultora de imagem Olga Curado. A mesma que cuidou da imagem eleitoral dos ex-presidentes Lula e Dilma, e de personalidades como o apresentador de TV Gugu Liberato. O deputado aprendeu várias técnicas para conceder entrevistas, fazer discursos mais compreensíveis e amenizar seu estilo excessivamente agressivo. Parecia tudo bem.
A gota d’água do rompimento de Bolsonaro com o PSC foi a aliança que o partido fechou com o PCdoB no Maranhão nas eleições municipais de outubro. Bolsonaro não pode nem sonhar com a palavra comunismo. Muito menos admite que seu partido apoie legendas deste segmento ideológico ou de esquerda. A aliança comuno-cristã em São Luiz possibilitou a eleição de três vereadores comunistas e um evangélico.
Quando soube do acordo eleitoral, Bolsonaro foi à sede da sigla no Rio de Janeiro e, aos gritos, disse que não admitia esse tipo de aliança. O deputado considera que o programa político do PCdoB, que defende bandeiras como a descriminalização do aborto e do consumo de maconha e apoia o casamento gay, são incompatíveis com o que ele prega.
A campanha do filho Flávio, deputado estadual e candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, também afastou o deputado do PSC. Bolsonaro foi repreendido pelo pastor Everaldo porque recusou, aos gritos, a ajuda da deputada Jandira Feghalli (PCdoB), que é médica, quando Flávio desmaiou durante um debate na TV e a concorrente foi ajudá-lo. A repreensão de Everaldo irritou Bolsonaro.
Outro desentendimento entre o deputado e o PSC ocorreu quando Bolsonaro gravou um vídeo recusando as doações em dinheiro para a campanha do filho no Rio de Janeiro, pedida pelo partido. A direção da legenda se queixa que o parlamentar não aceita orientação partidária, não gosta de trabalhar em conjunto e é considerado personalista. Bolsonaro avisou que pretende criar um sistema pessoal de arrecadação para a campanha, o que é proibido por lei, mas o PSC é contra.

Doações
O deputado também é o sonho da bancada evangélica na Câmara para ser o puxador de votos nas eleições de 2018. Aliados do deputado no Congresso garantem que, se ele deixar o PSC, levará consigo vários outros colegas da legenda, entre eles o pastor Marco Feliciano (SP), líder da bancada de oito deputados na Câmara, e o líder do governo na Casa, André Moura (SE).
Militar da reserva, o deputado já foi vereador no Rio de Janeiro. Na década de 1980, quando era capitão, foi expulso do Exército por incitar os colegas a fazer uma rebelião por aumento do soldo. Ele está no sétimo mandato, atua como uma espécie de sindicalista da caserna e defensor da ditadura militar (1964-1985).
Bolsonaro deverá deixar o PSC ainda este ano e levará consigo os filhos Eduardo, deputado federal eleito por São Paulo, Carlos, vereador mais votado no Rio, e Flávio, deputado estadual fluminense derrotado na eleição municipal no Rio.
Com o fim das coligações proporcionais, proposta discutida pelo Congresso, e sem um puxador de votos, o PSC corre o risco de não cumprir a cláusula de desempenho a ser implantada e voltar a ser um partido nanico.

Só que é assunto demais, e assuntos pesados demais para um fígado só – o meu.
Mas tem um assunto dos antigos (de 2016) que eu preciso falar antes que eu me esqueça. Trata-se da morte (aliás, como morreu gente boa em 2016, hein? A bruxa se fartou este ano...) de Fidel Castro e a questão LGBT em Cuba
Sim, senhor, Fidel Castro foi um ditador, como bem gostam de lembrar os conservas. E como bom ditador, perseguiu os LGBTs.
Sim, senhor, Fidel Castro mudou a vida dos cubanos, como bem gosta de lembrar uma boa parcela da esquerda. E teve a hombridade de mudar de ideia a respeito dos LGBTs cubanos, parar de persegui-los e deixa-los viver em paz na ilha.
O chato é que quando os primeiros falam sobre os LGBTs em Cuba, os segundos replicam.
O que estará certo a respeito?
Sobre isso, pegueium post no Facebook a respeito). Talvez isso ajude a entender o assunto. Os grifos (e as notas) são meus.

SOBRE FIDEL, CUBA E LGBTs
Via Bruno Matos 
Antes que comecem a falar besteiras do quanto Cuba e Fidel são homofóbicos, vamos enviadar algumas informações prá acabar com senso comum em injustiças históricas:
- Cuba perseguia a população LGBT nas primeiras décadas de sua Revolução, anos 50, 60 e 70, com um recrudescimento também na década de 80 durante a descoberta de epidemia de AIDS, o que levou a estigmatização, criminalização e perseguição de LGBTs no mundo inteiro naquela época.


(Nota deste escriba: ditaduras de teor stalinista faziam o mersmo, porque para eles, a homossexualidade era "um desvio burguês" ou coisa parecida. Mas as ditaduras de direita – Pinochet, a junta militar argentina pós-1976, o regime militar brasileiro, as ditaduras de Franco, na Espanha, e Salazar, em Portugal – também perseguiam os LGBTs por motivação bem parecida: "iam contra os maus costumes" ou coisa parecida. Adiante.)

(UPDATE: Cuba perseguia as LGBTs antes da revolução comunista, bem como todas as nações capitalistas do mundo. Antes da Revolução, inclusive, Cuba, por sua localização estratégica e ser regime corrupto e venal, era um paraíso da prostituição, inclusive infantil, do contrabando internacional, da lavagem de dinheiro, do tráfico transnacional de drogas e pessoas, da degradação ambiental. Cuba não se tornou homofóbica com o advento da revolução).


(Nota 2: por "antes da revolução comunista", leia-se: antes e durante a ditadura de Fulgencio Batista.)

- Nessa mesma época era crime ser LGBT na Grã-Bretanha. por exemplo, Alan Turing, pai da computação e herói da II Guerra ao desvendar o sistema de codificação de comunicações nazista foi castrado quimicamente em 1952, bem como milhares de LGBTs o foram no Reino Unido. Somente em 2009 (!!!) a coroa britânica pediu perdão.
- LGBTs foram perseguidos nas mesma décadas, desde Nixon até Reagan - anos 80 - bem como os hippies e os comunistas nos EUA. Stonewall aconteceu na cidade mais LGBT do mundo, Nova Iorque, em 1969, e embora tenha sido o caso mais emblemático, por décadas permaneceu a perseguição da polícia contra LGBTs que permanece até hoje nos Estados e condados mais conservadores americanos.
- Em 2009, Fidel reconheceu a perseguição cubana aos LGBTs durante as primeiras décadas da revolução cubana e se declarou arrependido, declarou que as pessoas não podem ser diferenciadas por orientação sexual, lamentou não ter tido uma postura diferente. Desde os anos 90, Cuba passou a tolerar e aceitar a diversidade sexual, coisa que no Brasil até hoje não acontece e somente nos anos 2000, em especial na década em que vivemos, observamos uma maior emancipação das LGBTs.
- Na Rússia capitalista, membro nato do Conselho de segurança da ONU, bem como em inúmeros países ocidentais, em países africanos, asiáticos e do Oriente Médio é crime até hoje ser LGBT. Todos são aliados das potências capitalistas e da OTAN, que não se manifestam criminalizando a perseguição lgbtfóbica nesses países.
- LGBTs foram perseguidos sistematicamente nos anos 60, 70, 80 nas ditaduras latino americanas, mas também na Espanha
[de Franco] e na Itália [de Mussolini], só que em vez de trabalhos forçados ou deportação, como no caso cubano, as LGBTs eram mortas mesmo nesses países.


(Não falei?)

Ninguém chama Reagan, Nixon, Churchill, a rainha Elizabeth e tantos outros chefes de Estado e de Governo de homofóbicos. A pecha de homofóbico, que não é inverídica, mas teve seu recorte histórico, numa época em que o mundo todo era equivocado e bizarro nesse tema, faz parte de mais um item da agenda difamatória e recalcada contra Cuba. Um pouco de estudo histórico comparado da evolução das lutas LGBTs e dos direitos no mundo demonstra tratar-se de uma imbecilidade geral e irrestrita que nada tem a ver com a opção comunista.
Fidel, com todos os seus erros e problemas, presente!
(...)
UPDATE 2: Esqueci de falar uma coisa muito importante:
Em Cuba, a redesignação sexual para pessoas transgêneras é direito universal, política pública de saúde, realizada pelos hospitais públicos. Em que outro lugar do mundo isso acontece, talvez só na Suécia?
E desde 2007, existe o dia Nacional de Combate à Homofobia em Cuba. Existe verba pública e política pública para o combate à LGBTfobia na ilha comunista, coisa que não existe no Brasil, por exemplo.


O que nos leva à frase de Aparício Torelli, o Barão de Itararé: "Não é triste mudar de ideias. Triste é não ter ideias para mudar."

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Por fim, só para descontrair, uma nota que parece texto do Sensacionalista, mas é outra nota do Ancelmo Gois 
SÃO PAULO
Janaína Paschoal, advogada do impeachment, vira... fiscal de banheiro
POR ANCELMO GOIS
03/01/2017 08:50

Reprodução do Twitter | Reprodução

Lembra-se da Janaína Paschoal, a advogada coautora da denúncia que abriu o processo de impeachment de Dilma? Pois bem, virou... fiscal de banheiro público. No domingo, ela contou, em seu perfil no Twitter, que irá, sem cobrar nada de Dória, inspecionar os banheiros do Parque Ibirapuera.
Diz ela que "desde o pleito eleitoral, parece que a limpeza dos banheiros do Parque Ibirapuera foi abandonada. Hoje, já inspecionei, não foi retomada".
Pois é... Depois de seu papel(ão) no golpe (foi golpe sim!), e sem nenhuma disposição para pediro impeachment de Michel 4% Temer, o Golpista, pelo mesmo suposto crime depedaladas fiscais – e devidamente posta de lado pelos golpistas que se usaram de sua "sapiência" (PSDB, inclusive), madame Janaína Paschoal continua com a sua Sindrome da Melancia a mil por hora.
Depois de denunciar(SIC) uma suposta invasão do Brasil pela Rússia, agora madame resolveu se tornar fiscal de banheiros do governo (SIC, de novo) de João Doria Jr.
Bem, convenhamos, é melhor madame Janaína "Pomba Gira" Paschoal ser fiscal de banheiros do que ser fiscal de subilatórios alheios, como a bancada evangelicuzinha...

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E agora, a nossa indicação de filme para esta séria série: Não se preocupe, é só uma fase (Du ska nog se att det går över / Don't You Worry, It Will Probably Pass - Suécia, 2002), de Cecilia Neant-Falk (11º Mix Brasil, 2002).
O ponto de partida deste filme veio da vida pessoal da diretora. Quando Cecilia Neant-Falk tinha 14 anos, ela colocou um anúncio no jornal Okej, em 1986, onde ela explicou que ela era bissexual e que ela queria entrar em contato com outras pessoas que eram da mesma orientação. Em 1999, ela gravou o mesmo anúncio, desta vez procurando outras meninas bissexuais ou homossexuais, para conversar. Selecionou três adolescentes de 14 anos, e passou a acompanha-las durante quatro anos, deixando que elas expressassem seus pensamentos e reflexões sobre bissexualidade e homossexualidade.
Fiquem com uma cena do filme.
  

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