28 abril, 2019

DA SÉRIA SÉRIE "FILMES QUE JAIR BESTEIRARO ET CATERVA A-DO-RA-RI-AM..." (CXIX)

Diário do Bolso
(José Roberto Torero)
9 de abril de 2019
Diário, mandei o Vélez para o chuveiro!
O cara estava pisando muito na bola. Para o lugar dele chamei um sujeito que eu não consigo falar o nome direito, um tal de Abrão Youtube. Esse aí não vão criticar tanto, porque é economista e ninguém critica muito economista, que ninguém entende dessa porcaria.
Mesmo assim já começaram a dizer que ele não é da área. Mas o cara já foi chefe dos escoteiros, pô! Quer currículo melhor?
Além disso, o Olavo disse que o cara era bom. E, se o Olavo disse, deve ser. Se bem que ele também indicou o Vélez..., também falou que cigarro não dá câncer..., que a Terra não gira em torno do sol...
Não, não! Não posso ser pessimista. O Olavo está sempre certo! Só que muda de ideia no caminho. É que nem o Waze.
De qualquer forma, esse negócio de especialista não está com nada. O Ricardo Salles, do Meio-Ambiente, detesta o verde, tanto que já foi condenado por favorecer mineradoras.
O Ernesto Araújo, da diplomacia, não é nada diplomático.
A Damares, dos Direitos Humanos, entende mais de Direitos Divinos.
O Mandetta, da Saúde, tem um currículo meio doente, porque está sendo investigado por fraude em licitação, tráfico de influência e caixa dois.
O Paulo Guedes, que cuida da fazenda, não é fazendeiro, é banqueiro.
O Moro deu uma banana para a Justiça para prender o Lula.
E o Marcelo Álvaro, do Turismo, devia estar na Agricultura, porque entende é de laranja, kkkk!
Enfim, Diarinho, estou me lixando para esse negócio de especialista. Eu sou que nem aqueles técnicos que escalam zagueiro de volante, lateral de ponta e goleiro de centroavante. Tem que ser criativo, pô! Senão fica naquele mimimi, naquela mesmesmice.
Se o pessoal quer criticar educação, devia criticar o Dória, que vai acabar com um monte de biblioteca e museu em São Paulo. Ou o Witzel, porque a polícia dele deu 80 tiros num carro. Precisava de 80? Olha o desperdício aí!
Pô, o Abrão Youtube ficou um tempão trabalhando no mercado financeiro. Se o cara cuida de banco de dinheiro, não vai saber cuidar de banco de escola?
O que que é maior?



PS: Como troquei 2 ministros, fizemos uma nova foto da equipe de governo.

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Sim, o olavete Ricardo Vélez se foi.
Mas outro olavete – Abraham Weintraub – entrou em seu lugar. E disposto a implementar as novas ideias de jerico do Coiso.
Não, não é fake: o próprio Coiso anunciou em seu twitter:


Olha, no que me concerne (copyright Jânio Quadros...), há três errinhos no pensamento (SIC) do Coiso:

1- Foram justamente as Ciências Humanas que possibilitaram o surgimento das universidades. E, para que as universidades existam (e possam ser chamadas de universidades), elas precisam ter, obrigatoriamente, o conjunto de todas as áreas do conhecimento humano – inclusive as Ciências Humanas.
2-Quem tem de "ensinar a leitura, a escrita e a fazer conta" é o ensino fundamental e o ensino médio (e melhorar ambos é a verdadeira necessidade da educação brasileira). A universidade tem como tripé básico o ensino, a pesquisa e a extensão (isto é, forma novos profissionais de ensino superior), mas (e isto é o mais importante) pesquisa e produz conhecimento – conhecimento que é e será ensinado no ensino fundamental e médio para formar futuros estudantes universitários, que pesquisarão e produzirão conhecimentos que serão ensinados etc., etc., num círculo virtuoso.
3- E depois,          quem disse que as Ciências Humanas não dão retorno à sociedade? Sim, parece que é lento, mas seu retorno principal é esse: evita que "operários-patrões", sem senso crítico, sejam formados – tipo assim, como antes e durante o nazismo.

Talvez seja por isso que cursos como Filosofia e Sociologia incomodam o Coiso: afinal, o que ele deseja mesmo é que a juventude não pense política e que as universidades não sejam espaço de livre debate político.
Sem falar que, pelo menos na área de Filosofia, os cursos deixarão de ser financiados para que seu guru, Olavo DOI-Codi de Carvalho – o teórico da conspiração, terraplanista e defensor de torturadores – tenha o monopólio do ensino de filosofia no Brasil...). Até porque, tendo o curso fundamental incompleto (e um estranho orgulho disso), o "filósofo" tem uma ojeriza completa pela academia e pelas universidades de todo o mundo.
Claro que isso teve um auxílio luxuoso: o da própria universidade, que se isola dentro de seus muros, sem conseguir sair deles e chegar à sociedade com mais frequência e constância.
Como diz Gustavo Gindre, em seu Facebook):

Há anos eu digo a mesma coisa.
Com a elite colonial que nós temos, chegará o dia em que alguém vai propor destruir a universidade pública e a sociedade NÃO vai comprar essa briga.
E isso tem muito a ver com o papel que essa universidade cumpre na sociedade brasileira.

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E agora, a nossa indicação para esta séria série: Daddy Issues (EUA, 2018), de Amara Cash.
Maya (Madison Lawlor), uma garota excêntrica de 19 anos, passa seus dias trabalhando em sua arte e na internet falando sobre suas loucuras com sua paixão, a estilista sexualmente fluida, Jasmine.
Uma noite Maya encontra Jasmine (Montana Manning) e há uma faísca imediatamente entre as duas, começando um relacionamento romântico inspirador que dá a Maya sua primeira experiência de amor verdadeiro e Jasmine a inspiração que ela precisa para começar sua carreira.
Tudo parece um conto de fadas... até Maya descobrir que Jasmine tem uma relação especial de dependência com um sugar daddy (algo assim como "um senhor que a ajuda"... ou um "coronel"...) um tanto paranoico, Simon Craw (Andrew Pifko). E o que começou como um sonho, se torna um belo pesadelo.
Bem, vejam o trailer e até a próxima.


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