Diário do Bolso
(José Roberto Torero)
9 de abril de
2019
Diário,
mandei o Vélez para o chuveiro!
O
cara estava pisando muito na bola. Para o lugar dele chamei um sujeito que eu
não consigo falar o nome direito, um tal de Abrão Youtube. Esse aí não vão
criticar tanto, porque é economista e ninguém critica muito economista, que
ninguém entende dessa porcaria.
Mesmo
assim já começaram a dizer que ele não é da área. Mas o cara já foi chefe dos
escoteiros, pô! Quer currículo melhor?
Além
disso, o Olavo disse que o cara era bom. E, se o Olavo disse, deve ser. Se bem
que ele também indicou o Vélez..., também falou que cigarro não dá câncer...,
que a Terra não gira em torno do sol...
Não,
não! Não posso ser pessimista. O Olavo está sempre certo! Só que muda de ideia
no caminho. É que nem o Waze.
De
qualquer forma, esse negócio de especialista não está com nada. O Ricardo
Salles, do Meio-Ambiente, detesta o verde, tanto que já foi condenado por
favorecer mineradoras.
O
Ernesto Araújo, da diplomacia, não é nada diplomático.
A
Damares, dos Direitos Humanos, entende mais de Direitos Divinos.
O
Mandetta, da Saúde, tem um currículo meio doente, porque está sendo investigado
por fraude em licitação, tráfico de influência e caixa dois.
O
Paulo Guedes, que cuida da fazenda, não é fazendeiro, é banqueiro.
O
Moro deu uma banana para a Justiça para prender o Lula.
E
o Marcelo Álvaro, do Turismo, devia estar na Agricultura, porque entende é de
laranja, kkkk!
Enfim,
Diarinho, estou me lixando para esse negócio de especialista. Eu sou que nem
aqueles técnicos que escalam zagueiro de volante, lateral de ponta e goleiro de
centroavante. Tem que ser criativo, pô! Senão fica naquele mimimi, naquela
mesmesmice.
Se
o pessoal quer criticar educação, devia criticar o Dória, que vai acabar com um
monte de biblioteca e museu em São Paulo. Ou o Witzel, porque a polícia dele
deu 80 tiros num carro. Precisava de 80? Olha o desperdício aí!
Pô,
o Abrão Youtube ficou um tempão trabalhando no mercado financeiro. Se o cara
cuida de banco de dinheiro, não vai saber cuidar de banco de escola?
O
que que é maior?
PS:
Como troquei 2 ministros, fizemos uma nova foto da equipe de governo.
*********
Sim, o olavete Ricardo Vélez se foi.
Mas outro olavete – Abraham Weintraub – entrou em seu lugar. E disposto a
implementar as novas ideias de jerico do Coiso.
Não, não é fake: o próprio Coiso anunciou em seu
twitter:
Olha, no que me concerne (copyright Jânio
Quadros...), há três errinhos no pensamento (SIC) do Coiso:
1- Foram justamente as Ciências Humanas que
possibilitaram o surgimento das universidades. E, para que as universidades
existam (e possam ser chamadas de universidades), elas precisam ter, obrigatoriamente,
o conjunto de todas as áreas do conhecimento humano – inclusive as
Ciências Humanas.
2-Quem tem de "ensinar a leitura, a escrita e
a fazer conta" é o ensino fundamental e o ensino médio (e melhorar ambos é
a verdadeira necessidade da educação brasileira). A universidade tem como tripé
básico o ensino, a pesquisa e a extensão (isto é, forma novos profissionais de
ensino superior), mas (e isto é o mais importante) pesquisa e produz
conhecimento – conhecimento que é e será ensinado no ensino fundamental e médio
para formar futuros estudantes universitários, que pesquisarão e produzirão
conhecimentos que serão ensinados etc., etc., num círculo virtuoso.
3- E depois, quem
disse que as Ciências Humanas não dão retorno à sociedade? Sim, parece que é
lento, mas seu retorno principal é esse: evita que
"operários-patrões", sem senso crítico, sejam formados – tipo assim,
como antes e durante o nazismo.
Talvez seja por isso que cursos como Filosofia e Sociologia incomodam o Coiso: afinal, o que ele deseja mesmo é que a juventude não
pense política e que as universidades não sejam espaço de livre debate político.
Sem falar que, pelo menos na área de Filosofia, os
cursos deixarão de ser financiados para que seu guru, Olavo DOI-Codi de
Carvalho – o teórico da conspiração, terraplanista e defensor de torturadores –
tenha o monopólio do ensino de filosofia no Brasil...). Até porque, tendo o
curso fundamental incompleto (e um estranho orgulho disso), o
"filósofo" tem uma ojeriza completa pela academia e pelas
universidades de todo o mundo.
Claro que isso teve um auxílio luxuoso: o da
própria universidade, que se isola dentro de seus muros, sem conseguir sair
deles e chegar à sociedade com mais frequência e constância.
Como diz Gustavo Gindre, em seu Facebook):
Há anos eu digo a
mesma coisa.
Com a elite
colonial que nós temos, chegará o dia em que alguém vai propor destruir a
universidade pública e a sociedade NÃO vai comprar essa briga.
E isso tem muito a
ver com o papel que essa universidade cumpre na sociedade brasileira.
*********
Maya (Madison Lawlor), uma garota excêntrica de 19 anos, passa seus dias
trabalhando em sua arte e na internet falando sobre suas loucuras com sua
paixão, a estilista sexualmente fluida, Jasmine.
Uma noite Maya encontra Jasmine (Montana Manning) e há uma faísca
imediatamente entre as duas, começando um relacionamento romântico inspirador
que dá a Maya sua primeira experiência de amor verdadeiro e Jasmine a inspiração
que ela precisa para começar sua carreira.
Tudo parece um conto de fadas... até Maya descobrir que Jasmine tem uma
relação especial de dependência com um sugar
daddy (algo assim como "um senhor que a ajuda"... ou um
"coronel"...) um tanto paranoico, Simon Craw (Andrew Pifko). E o que
começou como um sonho, se torna um belo pesadelo.
Bem, vejam o trailer e até a
próxima.
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