Mais uma indicação para esta séria série: Pacote família (Family Pack, de Chris Vander Stappen - Bélgica / Canadá / França, 2000)
Na verdade, o título Family Pack foi adotado por ocasião de sua exibição no 9º Festival Mix Brasil (2000). O título original deste filme é Que faisaient les femmes pendant que l'homme marchait sur la lune? E ele remete muito à época: 1969 – ano da missão Apollo XI. Foi este o prazo dado a Sacha (Marie Bunel) – moça belga que vai para Montreal estudar medicina, mas acaba descobrindo a fotografia e a sua verdadeira sexualidade – por sua namorada Odile (Macha Grenon), num ultimato definitivo: se Sacha não abrir o jogo com sua família até o dia em que Armstrong botar os pés na Lua, estaria tudo acabado entre elas..
Simples, não? Então por que Sacha não abre o jogo para a sua família? Porque não era tão comum alguém que descobria a sua homossexualidade abrir o jogo com seus familiares. E, para Sacha, não era nada fácil contar a verdade para a sua família – uma família que oscila entre o buñuelesco e o felliniano: a mãe, Esther (Hélène Vincent) vive ferrenhamente num mundo de fantasias; o pai, Oscar (Christian Crahay), enfrenta a crise financeira de seu pequeno negócio, uma loja especializada em vestidos de noiva (o que também dá a Pacote família um aspecto de ligeira reconstituição histórico-sociológica: o momento em que as grandes redes de lojas levam o pequeno comércio à falência); a irmã, Elisa (Mimie Mathy), que tem um grande talento, ainda não-reconhecido, como estilista – o que compensa um pequeno detalhe físico: ser anã – mas se remói entre não ter tido a chance de cursar uma universidade, como Sacha teve, e a dúvida de ser ou não adotada; e a avó, Lea (Tsilla Chelton), vai com sua malinha, quase todos os dias, para a estação rodoviária, para esperar a volta de seu antigo amor de juventude (um caixeiro-viajante), para fugirem de casa. Você conseguiria?
Não achei nenhum trailer, mas encontrei uma gravação com a parte inicial do filme. Quem quiser ver o resto, por gentileza, vasculhe o YouTube, por favor. Ou encha o saco dos distribuidores brasileiros para que o exibam por aqui.
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