Diário
do Bolso
(José Roberto
Torero)
Diário, esta semana começou atravessada. De cara tive três derrotas:
A primeira foi num processo no Rio de Janeiro contra o Jean Wyllys. Eu
processei ele por calúnia e difamação. É que numa entrevista o sujeitinho me
chamou de "fascista", "racista", "burro",
"corrupto" e "ignorante”. Pô, se isso não é calúnia, então eu
sou mesmo? Tem que ver isso daí.
Também perdi no STF um processo movido pela Maria do Rosário. Fui
condenado a pagar R$ 10 mil. Só porque falei que ela não merecia ser estuprada
porque é muito feia. Pô, se eu perdi, o que eu tenho que fazer agora? Dizer que
ela é bonita e merece ser estuprada? Aí ela vai me processar por apologia ao
estupro. Assim eu fico num beco sem cachorro. Ou será que é num mato sem saída?
Tanto faz. A verdade é que não existe petista bonita. É tudo feminista
suvacuda!
E a terceira foi na votação da Câmara sobre a lei de acesso à
informação. Assim não dá! Qualquer um vai poder saber o que a gente fez?
Complica, pô. Se bem que eu acho que o pessoal do Congresso fez isso mais para
dizer: “Ó, se não der um mensalãozinho pra gente não vai passar nada, viu?”
Mas essas derrotas são que nem peido: federam mas já ficaram para trás.
O importante mesmo vai ser a Reforma da Previdência para o Congresso. Eu sei
que vão me torrar o saco porque eu disse que aposentadoria aos 65 anos era um
“crime” e uma “desumanidade”. Mas esse negócio de pensar sempre a mesma coisa
não é comigo. Sou que nem meu nariz. Eu mudo de vez em quando. Às vezes a gente
tem que fazer uma plástica nas ideias, talkey?
Bom, pra não acabar esse dia com tristeza, vou contar aqui uma do Moro:
Ele chegou, fez uma cara bem triste e disse:
- Poxa, capitão, estou muito chateado...
- Por que, Serginho? É o negócio dos laranjas do PSL? O treco do Flávio
com as milícias? Se arrependeu de perdoar o Onyx?
- Não, presidente. É coisa muito pior.
- Descobriu alguma coisa de mim?
- Não, não é com o senhor. É com o Bebianno. Poxa, capitão, só eu que
tenho direito de vazar áudio de presidente.
Eu fiquei um tempo sem saber o que fazer. Aí ele deu uma risadinha e eu
entendi que era piada.
Kkkkkk!, o Moro é dos meus! Vou botar essa no zap-zap da família.
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Como ultimamente andamos
meio literatos, as nossas indicações para esta séria série (sim, desta vez são
dois filmes) são bem adequadas: Vita and
Virginia (Reino Unido-Irlanda, 2018), de Chanya Button; e Wild nights with Emily (EUA, 2018),
roteiro e direção de Madeleine Olnek.
O primeiro,
claro, fala da relação amorosa entre dois ícones da literatura inglesa: Vita Sackville-West (1892-1962) e Virginia Woolf
(1882-1941).
Já Wild nights with Emily fala da
vida secreta de Emily Dickinson (Molly
Shannon, como Emily adulta; Dana Melanie, mais jovem) – seu
lado oculto, sua vida paralela que só ela e algumas pessoas em seu ambiente
sabiam, e principalmente o relacionamento amoroso que manteve em segredo com
Susan Gilebert (Sasha Frolova, como Susan jovem; Susan Ziegler, como Susan
adulta), a esposa de seu irmão.
Após a morte de Emily, o amante do irmão publicaria os poemas de
Emily. Uma feroz rivalidade entre a amada de Emily e a amante de seu
irmão, que ao divulgar essa obra ao poeta após sua morte, nos faz participar da
história de dois casais ilícitos de amantes.
Vejam os
dois trailers, e até a próxima.
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