09 fevereiro, 2019

DA SÉRIA SÉRIE "FILMES QUE JAIR BESTEIRARO ET CATERVA A-DO-RA-RI-AM..." (LXXXVII)

Diário do Bolso – 8
(José Roberto Torero)

Diarinho, uma das melhores coisas do poder é que a gente não tem que obedecer lei nenhuma.
Lei é pros outros. Quem tem poder faz o que quer e acabou.
Olha só: Em outubro o STF arquivou inquérito contra o Aloysio Nunes. Em novembro a Raquel Dodge arquivou o inquérito contra o Aécio. Em dezembro o Gilmar Mendes arquivou o inquérito contra o Jucá.
E agora, em janeiro, a Advocacia-Geral da União mandou o Ibama anular a minha multa por pesca irregular.
Em 2012, quando eu era só um deputadinho de um partido merreca, os fiscais me pegaram pescando lá em Angra, numa área de proteção ambiental. Na mesma hora eu liguei para o Ministro da Pesca da Dilma, aquele petista do Luiz Sérgio, mas ele falou que não podia fazer nada.
Daí eu joguei aquela frase pros fiscais: “Vocês sabem com quem estão falando?”
E os caras responderam: “Não. Mas queremos saber. O senhor pode nos passar seus documentos?”
Agora os caras sabem com quem tão falando! Bando de palhaços! Tavam pensando que eu era o quê? Um merdinha comum? Não, meu chapa, eu sou muita merda!
Rarrarrá!
A minha defesa disse que eu estava no aeroporto naquela hora. Se eu tava no aeroporto, como é que eu podia estar naquela foto. A foto é mentirosa, pô!
Eu gostei foi do que disse o Ricardo Salles: "Ele não foi multado por pescar. Ele foi multado porque estava com uma vara de pesca. O fiscal presumiu que ele estava pescando. Isso já mostra como a questão ideológica permeia a atuação estatal nesses casos”.
Ministro do Meio Ambiente tem que ser assim mesmo: cara de pau.
O que eu ia estar fazendo lá com uma vara de pesca? Salto em altura?
Quem tem poder pode segurar espingarda não está caçando, pode ter a conta cheia de dinheiro que não está roubando.
Lei é para quem não pode nada. Agora na Reforma da Previdência também vai ser assim. Pra militar, político e juiz vai ser uma coisa. Pros outros, outra. É a vida.
Até inventei um ditado: “Quem tem poder põe a vara em quem não tem.”
Rarrarrá!

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Do FEBEAPÁ 5.0.
Ontem, 8 de fevereiro de 2019, durante o programa Pânico (é, aquela bolsa de colostomia radiofônica da Rádio Jovem Pan, que um dia foi programa de humor...), a livre docente em Direito Internacional na USP, Maristela Basso, afirmou, em alto e bom som que Simón Bolívar foi influenciado pelo comunismo, por Lenin e pelas ideias de Karl Marx.
Das quatro uma:

1) Ou o Pânico está querendo voltar a ser um programa de humor, e a doutora Maristela Basso quer colaborar nesse sentido;
2) Ou é insanidade intelectual, cujo estopim foi algo que ilustre professora bebeu ou fumou;
3) Ou a gentil professora está começando a sofrer de Alzheimer (é assim que es escreve o nome da doença, viu Coiso?) e está começando a esquecer a história;
4) Ou é canalhice mesmo;

Seja o que for, vamos a uma breve aula de História para os que fugiram da aula para namorar, comer merenda ou misturando das duas coisas...

1- Simón José Antonio dela Santísima Trinidad Bolívar y Palacios Ponte-Andrade y Blanco, mais conhecido como Simón Bolívar, nasceu em Caracas (atual Venezuela), em 24 de julho de 1783, e faleceu em Santa Marta (atual Colômbia), a 17 de dezembro de 1830. (Dá para se entender porque Hugo Chávez e seus partidários pegaram Simón Bolívar como símbolo de sua "Revolução Bolivariana", certo?
2- Karl Marx nasceu em 1818 e faleceu em Londres,em 1883Já sua obra Manifest der Kommunistischen Partei (O Manifesto do Partido Comunista) é de 1848, 18 anos após a morte de Simon Bolívar.
3) Vladimir Ilyich Ulyanov, mais conhecido pelo pseudônimo Lenin, nasceu em 1870, 40 anos depois da morte de Bolívar. Mais um detalhe: a Revolução Bolchevique aconteceu em 1917, 87 anos após a morte de Simon Bolívar.

Satisfeita, dra. Maristela Basso? Posso mandar o Troféu Alfafa para a senhora e para todos os que engoliram este seu delirium nada tremens?

Porque desinformação e fake news – propagadas como "boa ciência" mas que na verdade são uma grossa patacoada, sem pesquisa científica, dados materiais, nem nada – já estão enchendo o saco.
(A propósito: a doutora Maristela Basso é comentarista do Jornal da Cultura, da TV Cultura de São Paulo. O que a Fundação Padre Anchieta pensa disso?)

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E agora, a nossa indicação para esta séria série: Two in the Bush: A Love Story (EUA, 2018), de Laura Madalinski. A historinha:
Depois de um rompimento doloroso e desemprego repentino, a bissexual Emily (Sarah Mitchell) está à procura de uma nova vida. Emily se muda com sua melhor amiga Rosa (Melissa Duprey) e encontra um emprego com Nikki (Caitlin Aase), uma dominatrix.
Nikki não é apenas uma curiosidade para Emily, assim como seu namorado Ben, e Emily percebe que quer namorar os dois. Quando Emily começa a perseguir seus sonhos de se tornar uma documentarista, suas possibilidades começam a se abrir.
Vejam o trailer, e até a próxima.



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