Diário,
acabou... Tive que sair do hospital. Tentei ficar mais tempo, mas não deu.
Dezoito dias foi quase o dobro do planejado. Já estava pegando mal.
Vou ter que
voltar a trabalhar. Pô, eu fui para a reserva com 33 anos, quando virei
vereador. Depois me elegi deputado e só trabalhava de terça a quinta. Esse novo
ritmo vai acabar comigo.
Aqui no avião,
indo para Brasília, já estou imaginando o mimimi que eu vou escutar do Bebbiano
e do Bivar. Um dos dois vai ter que ficar com a culpa pelos 400 mil daquela
candidata laranja. Ou será que eu lavo as mãos que nem o... qual era o nome
dele mesmo? Lembrei: Pôncio Pilates! Será que foi ele que inventou aquela
ginástica? Bom, tanto faz.
Aposto que eles
vão pedir para enrolar mais um tempo. Vai que estoura outra barragem de
dejeitos. Aí a imprensa fica distraída e a coisa esfria.
Deixar a coisa
esfriar é sempre bom. Quase que deu certo com o Flávio. Ele está sendo
investigado por falsidade ideológica eleitoral. Um procurador regional
eleitoral do Rio de Janeiro (não lembro se o nome dele é Sidney Magal, Senhor
Madruga ou Sidney Madruga) quis encerrar a investigação sem fazer nenhuma diligência.
Mas uma procuradora, uma tal de Maria Helena de Paula (nem sobrenome essa
mulher tem) considerou que aquilo era um “arquivamento implícito” e
desengavetou o caso. Ah, como tem gente chata no mundo!
Bom, Diário, já
vamos pousar. Agora eu vou para o Palácio da Alvorada e fico por lá. Só vou dar
uma ligada para dar parabéns pro Ricardo Salles pela entrevista. Aquele tal de
Chico Mendes não tem mais nenhuma importância mesmo. Era um seringueironguista
que não faz nenhuma falta. Me disseram que ele gostava de um tal de “empate”,
onde os seringueiros ficavam na frente das máquinas para impedir desmatamento.
Pô, empate é coisa de time pequeno. Eu sou é da vitória!
Por hoje chega,
Diário, senão vou me cansar.
PS: Esta foto
não é minha. É daquele maluco que matou o John Lennon (um roqueiro ateu
anarquista que tirava foto pelado). O nome dele é Mark Chapman. Acho que a
gente tem alguma coisa em comum. Deve ser o queixo.
*********
Agora,
falando sério: se Gustavo Bebianno realmente estiver p... da vida com os
Besteiraro (o paipai Jair e o filho tuiteiro Carlos – será que ele não tem nada a fazer
como vereador no Rio de Janeiro?), vamos ajuda-lo a encontrar uma embaixada
para se abrigar?
Afinal, se Bebianno
realmente estiver a fim de abrir o bico sobre os podres da famiglia Besteiraro,
é bom ele se manter em segurança – lembrem-se que há uma enorme suspeita de que
as milícias do Rio de Janeiro não perdoam: mandam inimigos "comer flores
pelas raízes"...
*********
E agora, a nossa indicação
para esta séria série: A Vaca Vermelha (Para Aduma /Red Cow - Israel, 2018), de Tsivia Barkai Yacov, direto da
Seleção oficial da Berlinale para o 26º Mix
Brasil.
Pela
sinopse, o filme consegue falar de uma parte para tratar do todo – o clima e a
situação de Israel hoje, sob governo de Benjamin Bestanyahu.
Benny (Avigail Kovari) é diferente de todos a seu redor. Ela tem nome de
menino (e não, não é trans; é filha única que perdeu a mãe no nascimento. Ela
cresceu só com seu pai fundamentalista, Yehoshua (Gal Toren) em um assentamento
judeu fincado no coração do bairro muçulmano Silwan no lado leste de Jerusalém.
Aos 17 anos ela está em conflito com todas as verdades que tinha por certas. À
medida em que seu pai se torna mais e mais obcecado com a novilha vermelha que
ele acredita que trará salvação, Benny afasta-se para longe e para os braços de
Yael (Moran Rosenblatt), uma nova jovem mulher em sua vida.
Vejam o trailer, e até a próxima.
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